Torneio Semi-Divinal

Quando o Torneio Semi-Divinal foi anunciado, eu percebi imediatamente que tinha de participar. Se havia algo que todo o filho de Atena almejava, era a glória eterna, e eu não era uma excepção á regra. Sempre quisera mostrar ao Olimpo as minhas habilidades, e este era o momento certo. Eu era uma das pessoas que estava há mais tempo no Acampamento Meio-Sangue, por isso já tivera tempo mais do que suficiente para treinar.
Como armas de ataque, escolhi as únicas que tinha: Sofía e Vulnera. Eu confiava muito nelas, uma vez que ambas foram talhadas para mim. Para a defesa, escolhi o meu bem mais precioso: o Elmo da Invisibilidade da minha mãe, que eu conquistara com tanto esforço.

Estava na hora da partida! Mas é claro que, antes de ir, eu tinha de ver alguém. Corri até á enfermaria, onde Mike me deu um beijo de boa sorte. Agora sim, estava pronta ir! No caminho para o portal, cruzei-me com Kaito e Aline, que me vieram também desejar boa sorte.
Cheguei ao portal e respirei fundo, para ganhar coragem, e depois entrei. O caminho até á fonte não foi muito longo. Eu caminhava dignamente, com passos decididos e cabeça erguida. Quando cheguei á fonte atirei a minha moeda e bradei: Ó Palas Atena, tu que guias a civilização! Tu que proteges-te Telémaco, Aquiles e Ulisses, protege também esta tua filha! Atena Alkis, dá-me a fortaleza para superar os meus medos! Atena Amboulia, não me deixes morrer! Atena Anemôtis, faz com que os ventos me guiem no bom caminho! Atena Soteira, salva-me do perigo! Atena Areia, faz de mim uma guerreira! Atena Hygieia, dai-me saúde para avançar! Atena Niké, leva-me á vitória! Atenas Promakhos, faz de mim uma campeã!.
Ao longe, ouviu-se um tiro de canhão. Quando dou por mim, estou no meio de uma arena. Á minha frente estão 3 gigantes, e, atrás deles, distingue-se o brilho de um elmo.

Mentalmente, tentei lenbrar-me de situações parecidas onde tivesse estado. O mais proximo fora na Batalha de Halloween, onde tivera de defrontar 3 mastins ao mesmo tempo, mas desta vez a técnica que usara com eles não iria resultar.

Eu não tinha muito tempo, pois os gigantes estavam quase ao pé de mim. Já podiam sentir o chão a resvalar a cada passo que davam. Rapidamente, saquei o Elmo da Invisibilidade do cinto e enfiei-o na cabeça. Os gigantes ficaram desorientados. Corri para a outra ponta da arena á velocidade máxima enquanto pensava numa estratégia para derrotar os gigantes. O meu maior problema era o tamanho das facas, comparadas com os gigantes. Mesmo que eu as lançasse na direção do coração, elas não conseguiriam trespassar músculo suficiente para o matarem. Eu precisava de encontrar um ponto frágil... E de repente.. Eureka!.
Parei com uma derrapagem no meio da arena, virei-me, tirei o Elmo, e encarei de frente os meus inimigos. O gigante que estava mais próximo de mim começou a correr na minha direcção, levantando a mão direita, de modo a que a sua moca ficasse horizontal ao chão, enquanto urrava tanto que se podiam ver perdigotos a saltarem-lhe da boca.
Eu aproveitei a oportunidade e ataquei, lançando Sofía na direção do seu pulso. Se lhe conseguisse cortar as veias, ele depressa morreria, ou, pelo menos ficaria desmaiado. Sofia começou a rodar no ar. Uma volta, duas, trés, quatro....á quinta, ela penetrou na carne do Gigante, rasgando-lhe o pulso. Eu nem esperei para ver o resultado. Apenas ouvi os urros redobrarem de intensidade, corri logo para o 2º Gigante, que já se encontrava a 5 metros de mim. A sua moca já descia perigosamente na minha direção. Dei impulso com a corrida e, no momento certo, quando parecia que ela me iria atingir a tíbia, eu saltei por cima, aproveitando para abrir a mão mesmo a tempo de sentir Sofía a regressar. Corri por debaixo das pernas do gigante, e mais uma vez Sofía entrou em ação. Desta vez, o alvo era uma veia bastante saliente na zona da virilha. Atirei a faca em riste, usando toda a minha força, uma vez que ela tería de perfurar o tecido da tanga. Ouvi um baque surdo atrás de mim, que me indicava que o primeiro Gigante estava caído, e ouví um último uívo de dor. Sofía ainda ia a meio do trajecto entre a minha mão e a veia da virilha do gigante, mas eu percebi logo que ela não iria atingir a profundidade suficiente, de modo que atirei também Vulnera, segurando-a pela ponta da lâmina, de modo a rodar no ar e ganhar velocidade. Sofía apenas rasgara a tanga, como eu tinha calculado, mas a trajectória da outra faca indicava que ela iria acertar no alvo, de modo que eu nem esperei para ver. Mal saí debaixo das pernas do 2ç gigante, apenas consegui ver uma maça, desta vez mais fina, dirigir-se para a minha cara. O susto foi tão grande que quase tive um ataque de coração, mas a minha mente levou a melhor, e eu rapidamente me abaixei e aproveitei para me agarrar á arma com ambas as mãos, sendo içada no ar pelo Gigante.
A moca rodou 90º no ar, passando acima da cabeça do gigante e eu aproveitei para me deixar caír no seu pescoço, Apanhando Sofía pelo caminho e enterrando-a numa veia que passava lá perto. O 2º gigante já estava no chão, e o 3º caiu logo a seguir, arrastando-me com ele. Felizmente eu saltei a tempo...
Lentamente todos os gigantes se reduziram a cinzas. Eu recuperei Vulnera e o Elmo, que estavam caídos no chão, e dirigi-me para o centro da arena. Peguei no Elmo dourado, com as duas mãos, e ergui-o bem alto no céu. A multidão que estava nas bancadas saudou-me com uma grande ovação. No ar, ecoavam gritos de vivas, e a multidão gritava o meu nome!
Ao olhar para o trono onde estava pousado o elmo, vi a pista seguinte.

A multidão rugia, vendo a vitória da filha de Atena. Ela gritava também para a multidão, orgulhosa da sua exibição. Agarrou no elmo. A volta de tal objecto estavam umas frases, que estavam tão diluidas que nem a própria filha da Deusa da Sabedoria iria conseguir ler. Tinha de haver uma forma de tornar aquilo legível

Iria demorar cerca de um mes ate que a proxima etapa se realizasse. Tempo sufeciente para descobrir o que era aquilo....